terça-feira, 28 de junho de 2011

Sigilo Eterno de Documentos da Ditadura

Membro da ABL (Academia Brasileira de Letras), o cientista político e historiador José Murilo de Carvalho afirma ter ficado "desapontado" com o recuo e apoio da presidente Dilma Rousseff ao sigilo eterno de determinados documentos oficiais. "A política do sigilo, do segredo, da ocultação, inviabiliza uma escrita confiável da história. Perde o historiador, perde o cidadão, perde o país", afirma o pesquisador. Ele garante não nenhum episódio da história brasileira que não possa ser divulgado, em especial sobre temas como a delimitação de fronteiras brasileiras e a Guerra do Paraguai (1864-1870) --citados pelos que são contrários ao projeto que tramita no Senado e prevê a divulgação de todos os papéis oficiais. Para o pesquisador, o grande problema é a falta de pessoal especializado para catalogar e disponibilizar documentos.

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Fonte: http://historica.me/

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Club Atlético, Social y Deportivo Ernesto Che Guevara propaga no esporte os ideais do líder revolucionário

Considerado uma das figuras mais importantes do século XX, o líder revolucionário Ernesto “Che” Guevara continua propagando seu legado décadas após sua morte. Com as ideias e ensinamentos socialistas do médico, um grupo de pessoas na pequena cidade argentina de Jesús María, a 50km de Córdoba, província onde o guerrilheiro viveu dos dois aos 19 anos, fundou há quatro um time de futebol: o Club Atlético, Social y Deportivo Ernesto Che Guevara.

- A ideia é integrar através do futebol crianças e jovens de todas as classes sociais para ajudar na formação delas como pessoas, reforçando valores pregados por Che como solidariedade e dignidade – contou Mónica Nielsen, presidente do clube de Córdoba, uma das sedes da Copa América 2011 e que receberá dois jogos da Seleção Brasileira (Paraguai, dia 9 de julho, e Equador, dia 13).

Ao todo, mais de 100 crianças e adolescentes, em categorias que vão desde o sub-10 até sub-16, defendem com orgulho a camisa do clube que, obviamente, conta com a famosa fotografia de Che Guevara feita por Alberto Korda na década de 60 e que se tornou um ícone pop.

- Era inevitável usar sua imagem, tanto no corpo do uniforme, quanto no escudo. Também fizemos questão de colocar a célebre frase “Hasta la victoria siempre!”. Mas também fizemos isso porque muita gente comprava camisas com a imagem de Che apenas para consumo e nada mais. Nossa ideia é que os pequenos usem a camisa e sigam as convicções de Che, sua luta, de sua entrega por um mundo melhor e com justiça social para todos – salientou Mónica, de 51 anos, que cuida de maneira voluntária a administração do clube com ajuda de pais e parentes dos meninos do elenco, em uma gestão semelhante a uma ONG sem fins lucrativos.

Perguntada sobre quem seria o “Messi” do Club Atlético, Social y Deportivo Ernesto Che Guevara, Mónica, que conta com o aval de parentes e amigos próximos do revolucionário argentino-cubano, foi igualitária, como sua inspiração.

- Temos mais de 100 meninos e todos são os melhores. O importante é que estamos orgulhosos com o que estamos fazendo e, se Che estivesse vivo, estaria aqui conosco, nos ajudando.

Cutucada em Maradona

Mónica só mostrou um pouco de frustração com a falta de apoio de pessoas famosas do futebol, lembrando que muitas delas, argentinas ou não, possuem tatuagens alusivas a Che Guevara.

- Queria que eles, que possuem uma tattoo de Che, viessem aqui, observassem nosso trabalho e nos dessem uma mão. Seria muito importante para as crianças – disse Mónica, citando, indiretamente, o ídolo dos hermanos, Diego Armando Maradona, que tem na pele a imagem imortalizada por Korda.

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Fonte: http://globoesporte.globo.com/

quarta-feira, 1 de junho de 2011

História Geral da África

No dia 21/06/2011 será lançada em Belem a edição em português da Coleção História Geral da África editada pela UNESCO(Organização as Nações Unidas Para Educação a Ciência e a Cultura). A obra de oito volumes e quase dez mil páginas foi elaborada ao longo de 30 anos por 350 pesquisadores, a maior parte deles de origem africana, e já havia sido editada em sua totalidade em inglês, francês e árabe. A cerimônia acontecerá no Centro de Eventos Benedito Nunes da Universidade Federal do Pará, no horário das 09h às 18h terá a participação da representação da UNESCO no Brasil.

O objetivo da tradução da obra é fazer com que professores e estudantes lancem um novo olhar sobre o continente africano e entendam sua contribuição para a formação da sociedade brasileira. Para Fernando Haddad, ministro da Educação, a coleção vem preencher uma lacuna na educação brasileira. “De fato, a história africana ainda não está inserida no currículo escolar, como estão as histórias da Europa e da América, não há dúvida que há um vácuo. Temos que ter consciência de como nosso povo se formou. A importância da África é crucial para nosso presente e para o futuro da nação brasileira”, afirma.

O conteúdo será base para a construção de materiais pedagógicos para uso de professores e estudantes. A iniciativa é um importante passo dentro de uma política pública de valorização da diversidade e de implementação da lei 10.639/03 que estabelece a Educação das Relações Étnico-Raciais e o História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

O Ministério da Educação irá distribuir a coleção para bibliotecas públicas municipais, estaduais e distritais; bibliotecas das Instituições de Ensino Superior, dos Polos da Universidade Aberta do Brasil, dos Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros, dos Conselhos Estaduais ou Distrital de Educação. Os oito volumes estão disponíveis para download nos sites da UNESCO e do Ministério da Educação.

sites: (www.unesco.org/brasilia/publicacoes) (www.mec.gov.br/publicacoes)