sábado, 15 de outubro de 2011

Proseando

Prosear é um jeito de falar. Fala sem objetivo definido, como o vôo dos urubus - indo ao sabor do vento. Palavras fluindo. Um jeito taoísta de ser. Para prosa não existe 'ordem do dia', não há conclusões, não há decisões. A prosa não quer chegar a nenhum lugar. A prosa encontra sua felicidade em prosear. Como andar de barco a vela em que o bom não é chegar mas o 'estar indo'. 'A coisa não está nem na partida nem na chegada, mas na travessia', Guimarães Rosa. Prosear é brincar com as palavras. Escrevi uma crônica com o título Tênis x Frescobol, sobre dois tipos de fala. Fala do tipo Tênis tem um objetivo preciso: reduzir o outro ao silêncio por meio de uma cortada. Ter razão. Ganhar o argumento. Convencer. Sempre termina mal. Um ganha, fica feliz e se sentindo superior. O outro perde, fica com raiva e se sentindo inferior. Frescobol é diferente. A felicidade do jogo está em estar acontecendo, em não parar, vai, vem, vai, vem, vai, vem, como numa transa indiana, sem orgasmo, feita de um prazer permanente que não acaba. O orgasmo na transa, como a cortada no tênis, são o fim do brinquedo. Saber prosear, jogar conversa fora, é o segredo das relações amorosas. Nietzsche dizia que quando se vai casar a única pergunta importante a se fazer é 'terei prazer em conversar com essa pessoa quando eu for velho?' Nessa sala estaremos proseando. Falar sobre o que der na telha. Pensamentos avulsos. Dicas. Informações sobre as coisas novas na minha casa. Apareça sempre para prosear!


[Rubem Alves]

sábado, 17 de setembro de 2011

Acervo do Iphan será digitalizado

Órgão de defesa do patrimônio histórico e artístico brasileiro vai disponibilizar na internet sua rica coleção, que inclui mais de 66 mil fotografias.

Em 1937, o Brasil ganhou seu primeiro órgão oficial de defesa do patrimônio, o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan), criado por um grupo de intelectuais ligados ao modernismo. A sede se localizava na então capital federal, no Rio de Janeiro. Mais de sete décadas depois, esse órgão, responsável pelos tombamentos, restauros e preservação dos bens culturais do país, que trocou o S pelo I em sua sigla, vai modernizar seu arquivo central e digitalizar seu acervo, que ficará disponível ao público pela internet.

O projeto inclui a digitalização de 66,5 mil fotografias do acervo, além da higienização e reorganização dos documentos da Série Inventário do Arquivo Central do Rio de Janeiro, que reúne o material de sua antiga sede. Esse conjunto inclui documentos textuais e audiovisuais sobre as ações relacionadas ao patrimônio cultural brasileiro, como relatórios de viagens dos técnicos e processos de tombamento, além do registro das primeiras décadas dos trabalhos de preservação.

Obs:
Fotografias do acervo registram, por exemplo, cotidiano das populações indigenas na década de 1950.
---------------------------------------
Por
Graziella Beting
---------------------------------------
Fonte: http://www2.uol.com.br/historiaviva/

Machado de Assis 'branqueado'

Comercial da Caixa gera polêmica ao por ator branco para interpretar o escritor, que era mulato.

A polêmica está no ar. A última campanha publicitária da Caixa Econômica Federal, em comemoração aos seus 150 anos, pôs um ator branco interpretando o escritor (e mulato) Machado de Assis (1839-1908). O comercial, de um minuto, está sendo veiculado em canais de televisão abertos e fechados.

O erro histórico virou assunto nas mídias sociais. O escritor Haroldo Costa lamentou o “grande equívoco” – principalmente porque, segundo ele, esta não foi a primeira vez que Machado foi “branqueado”.

“É lamentável que uma instituição do governo deixe passar esse erro histórico. E o pior é que não foi a primeira vez que tal equívoco aconteceu. Muitas publicações já ‘branquearam’ o escritor de tal forma que, em algumas fotografias, ele pareceu quase loiro”, comentou Haroldo, que pede a manifestação das entidades em defesa do movimento negro diante da questão.

Outro lado

Já a Caixa, em nota enviada por meio de sua assessoria, afirmou que "o banco sempre se notabilizou pela sua atuação pautada nos princípios da responsabilidade social e pelo respeito à diversidade. Portanto, a Caixa sempre busca retratar em suas peças publicitárias toda a diversidade racial que caracteriza o nosso país".

A instituição listou algumas ações para comprovar sua idoneidade, algumas, segundo ela, "reconhecidas pelos brasileiros, inclusive pelos movimentos sociais ligados a causas raciais".

Como exemplo a instituição cita a produção e veiculação de um filme em comemoração ao Dia da Consciência Negra, em novembro de 2009 e de 2010; a parceria com a Secretaria de Política e Promoção da Igualdade Racial, que prevê divulgação da campanha ‘Igualdade é para valer – 2011’, Ano Internacional dos Afrodescendentes; a produção e veiculação do filme ‘Liberdade’, em comemoração aos 150 anos da Caixa, exibido em maio de 2011; a produção de filme em comemoração ao Centenário da Imigração Japonesa em junho de 2008; a produção de filme em comemoração ao Dia do Índio, exibido em abril de 2009 e abril de 2010; e o patrocínio da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo.

E você, o que acha do assunto? Para quem não viu o vídeo, segue abaixo.

http://www.youtube.com/watch?v=10P8fZ5I1Wk&feature=player_embedded


-----------------------------------------------------

Fonte: http://www.revistadehistoria.com.br/

....

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Até o Historiador tem um dia "especial"- 19 de Agosto

Podemos discutir várias coisas sobre o Historiador. Mas aqui homenagearemos com apenas o viés romantico da profissão. Por isso queremos compartilhar com todos que:

“Amo a História. Por isso sou historiador”. Marc Bloch em Apologia da História ou Ofício do historiador já afirmava a fórmula/sentimento central que envolve este ofício. Ser historiador, um Bom historiador, requer atributos indispensáveis para a construção do conhecimento histórico: dedicação, paciência, erudição, curiosidade, disciplina, entre outros. Para isso tornamo-nos, por diversas vezes, caçadores, navegantes, detetives, e iniciamos nossas buscas e análises inferindo nas re(a)presentações simbólicas construídas por agentes históricos em suas realidades.


----------------------

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

"Os Homens Preferem as Louras"

Bonita, inteligente, bem-humorada e rica, a escritora americana Anita Loos (1888-1981) foi, certamente, uma das mulheres mais interessantes de sua época.

A despeito de tudo isso, na hora de atrair a atenção masculina, Loos, que era morena, sempre ficava em segundo plano diante de fios de cabelos louros. A autora, morta há exatos 30 anos, usou esta dor de cotovelo, digamos assim, para difundir um dos principais mitos culturais (e sexuais) do século 20: a loura burra.

Em 1925, ela publicou "Os Homens Preferem as Louras". O romance é narrado em forma de diário por Lorelei Lee, loira estúpida, de pouca cultura, mas incrivelmente esperta quando quando o assunto é dinheiro.Em busca de algum homem rico que possa financiar sua "educação", Lorelei conta as divertidíssimas peripécias em que se vê envolvida ao redor do mundo.No fim das contas, traça uma hilariante sátira do provincianismo americano e do esnobismo europeu.

Fenômeno de vendas nos Estados Unidos, o livro foi traduzido para inúmeras línguas e ganhou uma continuação em 1928: "Mas os Homens se Casam com as Morenas". Foi filmado em 1928 e inspirou espetáculo da Broadway em 1949.

Em 1953, seria novamente levado às telas pelo cineasta Howard Hawks. No papel de Lorelei, Marilyn Monroe tornou-se o principal símbolo da loura desmiolada. "O legado de Anita foi apresentar uma visão mais irônica sobre o sexo e, também, sobre nós mesmos", diz Cari Beauchamp, autora do livro "Anita Loos Rediscovered" (2003), misto de biografia e coletânea de textos.

----------------------------

Fonte: http://www.folha.uol.com.br/


sábado, 2 de julho de 2011

Charge

Link
Charge de Waldez.

Paraense de Acará, nasceu em 07/07/1972, cartunista,Chargista e Ilustrador do jornal Amazônia, com vários prêmios nacionais e internacionais com o Salão Internacionla de humor de Piracicaba,livro publicado "querido papai noel" criador das tiras "cobaia", "risco de vida" e "beco do sossego", publicadas diariamente em "Oliberal"

Fonte: http://waldezcartuns.blogspot.com/

terça-feira, 28 de junho de 2011

Sigilo Eterno de Documentos da Ditadura

Membro da ABL (Academia Brasileira de Letras), o cientista político e historiador José Murilo de Carvalho afirma ter ficado "desapontado" com o recuo e apoio da presidente Dilma Rousseff ao sigilo eterno de determinados documentos oficiais. "A política do sigilo, do segredo, da ocultação, inviabiliza uma escrita confiável da história. Perde o historiador, perde o cidadão, perde o país", afirma o pesquisador. Ele garante não nenhum episódio da história brasileira que não possa ser divulgado, em especial sobre temas como a delimitação de fronteiras brasileiras e a Guerra do Paraguai (1864-1870) --citados pelos que são contrários ao projeto que tramita no Senado e prevê a divulgação de todos os papéis oficiais. Para o pesquisador, o grande problema é a falta de pessoal especializado para catalogar e disponibilizar documentos.

-----------------------------------------------
Fonte: http://historica.me/

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Club Atlético, Social y Deportivo Ernesto Che Guevara propaga no esporte os ideais do líder revolucionário

Considerado uma das figuras mais importantes do século XX, o líder revolucionário Ernesto “Che” Guevara continua propagando seu legado décadas após sua morte. Com as ideias e ensinamentos socialistas do médico, um grupo de pessoas na pequena cidade argentina de Jesús María, a 50km de Córdoba, província onde o guerrilheiro viveu dos dois aos 19 anos, fundou há quatro um time de futebol: o Club Atlético, Social y Deportivo Ernesto Che Guevara.

- A ideia é integrar através do futebol crianças e jovens de todas as classes sociais para ajudar na formação delas como pessoas, reforçando valores pregados por Che como solidariedade e dignidade – contou Mónica Nielsen, presidente do clube de Córdoba, uma das sedes da Copa América 2011 e que receberá dois jogos da Seleção Brasileira (Paraguai, dia 9 de julho, e Equador, dia 13).

Ao todo, mais de 100 crianças e adolescentes, em categorias que vão desde o sub-10 até sub-16, defendem com orgulho a camisa do clube que, obviamente, conta com a famosa fotografia de Che Guevara feita por Alberto Korda na década de 60 e que se tornou um ícone pop.

- Era inevitável usar sua imagem, tanto no corpo do uniforme, quanto no escudo. Também fizemos questão de colocar a célebre frase “Hasta la victoria siempre!”. Mas também fizemos isso porque muita gente comprava camisas com a imagem de Che apenas para consumo e nada mais. Nossa ideia é que os pequenos usem a camisa e sigam as convicções de Che, sua luta, de sua entrega por um mundo melhor e com justiça social para todos – salientou Mónica, de 51 anos, que cuida de maneira voluntária a administração do clube com ajuda de pais e parentes dos meninos do elenco, em uma gestão semelhante a uma ONG sem fins lucrativos.

Perguntada sobre quem seria o “Messi” do Club Atlético, Social y Deportivo Ernesto Che Guevara, Mónica, que conta com o aval de parentes e amigos próximos do revolucionário argentino-cubano, foi igualitária, como sua inspiração.

- Temos mais de 100 meninos e todos são os melhores. O importante é que estamos orgulhosos com o que estamos fazendo e, se Che estivesse vivo, estaria aqui conosco, nos ajudando.

Cutucada em Maradona

Mónica só mostrou um pouco de frustração com a falta de apoio de pessoas famosas do futebol, lembrando que muitas delas, argentinas ou não, possuem tatuagens alusivas a Che Guevara.

- Queria que eles, que possuem uma tattoo de Che, viessem aqui, observassem nosso trabalho e nos dessem uma mão. Seria muito importante para as crianças – disse Mónica, citando, indiretamente, o ídolo dos hermanos, Diego Armando Maradona, que tem na pele a imagem imortalizada por Korda.

------------------------------------------

Fonte: http://globoesporte.globo.com/

quarta-feira, 1 de junho de 2011

História Geral da África

No dia 21/06/2011 será lançada em Belem a edição em português da Coleção História Geral da África editada pela UNESCO(Organização as Nações Unidas Para Educação a Ciência e a Cultura). A obra de oito volumes e quase dez mil páginas foi elaborada ao longo de 30 anos por 350 pesquisadores, a maior parte deles de origem africana, e já havia sido editada em sua totalidade em inglês, francês e árabe. A cerimônia acontecerá no Centro de Eventos Benedito Nunes da Universidade Federal do Pará, no horário das 09h às 18h terá a participação da representação da UNESCO no Brasil.

O objetivo da tradução da obra é fazer com que professores e estudantes lancem um novo olhar sobre o continente africano e entendam sua contribuição para a formação da sociedade brasileira. Para Fernando Haddad, ministro da Educação, a coleção vem preencher uma lacuna na educação brasileira. “De fato, a história africana ainda não está inserida no currículo escolar, como estão as histórias da Europa e da América, não há dúvida que há um vácuo. Temos que ter consciência de como nosso povo se formou. A importância da África é crucial para nosso presente e para o futuro da nação brasileira”, afirma.

O conteúdo será base para a construção de materiais pedagógicos para uso de professores e estudantes. A iniciativa é um importante passo dentro de uma política pública de valorização da diversidade e de implementação da lei 10.639/03 que estabelece a Educação das Relações Étnico-Raciais e o História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

O Ministério da Educação irá distribuir a coleção para bibliotecas públicas municipais, estaduais e distritais; bibliotecas das Instituições de Ensino Superior, dos Polos da Universidade Aberta do Brasil, dos Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros, dos Conselhos Estaduais ou Distrital de Educação. Os oito volumes estão disponíveis para download nos sites da UNESCO e do Ministério da Educação.

sites: (www.unesco.org/brasilia/publicacoes) (www.mec.gov.br/publicacoes)