terça-feira, 28 de setembro de 2010

Charge


*Charge da Semana

*Autor: J. Bosco -

Jornalista, cartunista,ilustrador,caricaturista e chargista do jornal O LIBERAL, de Belém do Pará, desde 1988, possui vários prêmios nacionais e internacionais em salões de humor, cinco livros editados. Tem trabalhos publicados nas revistas Veja, Você SA, Semana, Imprensa, Focus. Livros didáticos das editoras Scipione, Saraiva, ÁTICA e FTD. Em 2008 fez sua primeira exposição individual de caricaturas de empresários paraenses "cara e coroa" num total de 60 peças.Em 2009 fez a 2ª edição de "Cara&Coroa"com 86 caricaturas. Autor das tiras "Colarinho pão e vinho" ,"Capitão feijão" e "Mundo cão", publicadas diariamente no caderno magazine de O Liberal. Presta serviços de ilustração, para várias agências de publicidades e produtoras de vídeo em Belém.

Link: http://jboscocartuns.blogspot.com/



Relação dos homens com os animais


A civilização dos bichos é um episódio pouco estudado para entender a história da humanidade e da própria natureza. Porém, a professora da Universidade Salgado de Oliveira, Mary Del Priore, e a pesquisadora do Arquivo Nacional, Cláudia Heynemann, debateram sobre a importância do tema. O assunto também é destaque na Revista de História da Biblioteca Nacional deste mês.

A trajetória do homem se entrelaça com a dos animais há muitos séculos. Cláudia Heynemann lembrou que no passado havia o conceito de que a natureza tinha uma finalidade em função da espécie humana. Mas aos poucos, essa concepção mudou quando começaram a atribuir sentimento aos bichos e a domesticá-los. “Segundo Darwin, o homem acelerou a marcha do meio ambiente ao intervir na sociabilidade dos animais”, ressaltou a pesquisadora.

Claudia falou de uma relação de longa data: o cão como melhor amigo do homem. Mas destacou a ambivalência do cachorro, que além de proteger e fazer companhia, também comia a carniça, atividade essencial para manter a limpeza do local.

Sobre as funções exercidas pelos bichos, a professora Mary Del Priore enfatizou que inicialmente eles eram adestrados de acordo com a estética. Depois, o que começou a ser valorizado foi a utilidade. “O melhor era aquele que servia para mais coisas, como produzir alimento, defender o lar, servir sua pele de couro e comer o lixo”, disse Mary, que ainda comparou o Brasil a uma grande fazenda no século XIX.

A professora criticou a demora dos historiadores em pesquisar sobre a trajetória dos animais, que já estava presente em relatos dos antigos viajantes. Ela contou que apenas no século XIX eles migraram para a literatura e se tornaram fontes de estudo.

A visão dos bichos como entretenimento também foi abordado pela historiadora. Segundo ela, as corridas de cavalo e as rinhas de galo, que era considerado um esporte, foram as primeiras formas de lazer no Rio de Janeiro, por exemplo. “Eram eventos que reuniam as pessoas para se divertir”, ressaltou. Positiva ou negativamente, a convivência entre homens e animais marcou a transformação da sociedade brasileira.

**Texto escrito por: Monique Cardone

**Site: http://www.revistadehistoria.com.br/v2/home/

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

História na sala de aula


Por Admarino Júnior

No momento estou fazendo parte de um grupo de pesquisa da Universidade Federal do Pará (UFPA) -
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID – CAPES - coordenado pela Profª Dr. Franciane Gama Lacerda, sobre o ensino de História, História e Educação, entre outros temas relacionados ao “magistério” com o objetivo de promover a articulação integrada da educação superior do sistema federal com a educação básica do sistema público.

Muitas “coisas” interessantes são colocadas em foco de debate, que na minha opnião seria importante compartilhar aqui nesta minha “terceira margem do rio” (este blog) com todos.

Bom, para início de conversa, é comum ver professores frustrados porque não conseguem dar toda a matéria ao longo do ano letivo. Mas será que sobrecarregar os alunos com uma profusão de datas e nomes é o melhor caminho?

É por isso que indico a leitura do Livro intitulado “História na sala de Aula: conceitos, práticas e propostas/ Leandro KArnal (org.) – 5 ed. 1 reimpressão – São Paulo: Contexto, 2008. Este livro defende uma forma mais eficaz de lecionar história: estabelecendo um vínculo entre o patrimônio cultural da humanidade e o universo cultural do aluno. É possível demonstrar a atualidade de fatos tão cronologicamente remotos quanto a situação das mulheres na Idade Média, a insatisfação dos plebeus na Roma Antiga ou as aspirações ambíguas dos burgueses no século XVIII. Selecionar conteúdos que realmente fazem sentido.

A informação só se transforma em conhecimento quando selecionada, depurada, discutida, organizada, assimilada. E produzir conhecimento é o grande desafio do professor de História.

Este Livro sugere e discute estratégias para que esse objetivo seja cumprido. O primeiro capítulo, “Por uma História prazerosa e conseqüente”, critica a superficialidade do ensino na era da informação instantânea e prega a necessidade de valorizar o conhecimento humanista. “Ensino de História: conteúdos e conceitos básicos” ajuda o professor a estabelecer critérios para selecionar os conteúdos das aulas, enquanto “Educação para um mundo em transformação” chama a atenção para a necessidade de o professor está atento a atualidade sobre o que se passa no mundo. “Transversalidade e a renovação no ensino de História” propõe a valorização do ensino por conceitos, para que o aluno consiga relacionar acontecimentos históricos de épocas diferentes. “Novas formas de abordar o ensino de História”, vislumbra as transformações e desafios que o professor terá pela frente.

A segunda parte do livro apresenta visões inovadoras para o ensino de temas essenciais no currículo do ensino fundamental e médio – História Antiga, Idade Média, História Moderna, História da América, História Contemporânea, História do Brasil e História das religiões.

Por tanto, o livro História na sala de aula serve para o professor interessado em aprimorar seu desempenho profissional e tornar as aulas mais proveitosas para os alunos.

Interrogar o passado a partir de questões que nos inquietam no presente é a chave para cumprir a missão de ajudar os estudantes a entender o mundo em que vivem, dando-lhes condições de contribuir para torná-lo melhor.



quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Profecia Maia


Por Admarino Júnior

Profecia. Segundo o dicionário Aurélio significa: “1. Predição do futuro por um profeta e 2. Suposição, conjectura”.

Desde que a humanidade surgiu na terra e criou mecanismos culturais de contar o tempo, dar origem a deuses e formar uma visão particular e de destino e de mundo, questões como profecias sobre o final dos tempos fazem parte de sua estrutura social e cultural. Nossa sociedade não é diferente e nem a última a fazer isso.

A maioria dos cristãos está esperando o seu “Apocalipse” que culminará no arrebatamento dos eleitos de Deus na Terra e que já foi profetizado por inúmeros profetas como Daniel, Ezequiel, Isaías, Paulo de Tarso e João.

Por outro lado, vira e mexe aparece místicos ou pseudo-profetas dizem que a terra sofrerá uma grande explosão ou será alvo de um gigantesco meteorito. Nessas horas, o respaldo predileto são os profetas enigmáticos como Nostradamus, as mães Diná da vida ou neste caso, civilizações clássicas envoltas de mistérios como os Maias, Egípcios, entre outras.

Dentre todos os prognósticos produzidos pela humanidade ao longo dos séculos, talvez nenhuma delas desperte o mesmo fascínio que as previsões sobre o “fim do mundo”. Uma dessas profecias tem repercutido muito devido a proximidade cronológica de sua “concretização”: o suposto apocalipse de 2012 decreto pelos povos Maias, a famosa civilização pré-colombiana, de cultura e história riquíssimas.

Tal profecia já tem até data marcada, para dezembro de 2012. Caso aconteça mesmo, não teremos a oportunidade de presenciar alguns eventos importantes no Brasil como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Justo na vez do Brasil o mundo já estaria extinto. Será que Deus é realmente Brasileiro?

Até o cinema encarregou-se de dar sua “contribuição” para adaptação do filme: 2012 (2009), dirigido por Roland Emmerich, (o mesmo diretor de 10.000 a.c [2008]; O dia depois de Amanhã [2004]; Independece Day [1996] entre outros) baseado na teoria do calendário Maia, recheado demasiadamente de efeitos especiais, provocando divergências de opiniões.

Para esclarecer a profecia Maia, John Major Jenkins, autor do Livro intitulado “2012: a história” afirma que “os fatos encontrados em muitos campos de estudos Maias, incluindo astronomia, mitologia, iconografia, arqueologia no sítio arqueológico de Izapa no estado de Chiapas no México são fundamentais para entender o calendário de 2012”

Quando perguntado sobre qual seria o objetivo do Livro “2012: a história”, Jenkins diz que “ O objetivo era esclarecer muitos equívocos sobre os Maia. (...) Muitos escritores não têm estudado a tradição Maia, estão explorando a empolgação da data com questões falaciosas. Por exemplo, nas informações sobre os Maias e 2012, não há nenhuma evidência de um juízo final apocalíptico. 2012 seria a terminação de um ciclo, que são momentos de transformação e renovação para aquela civilização.

A partir das assertivas de John Major Jenkins podemos observar que quando uma questão é retirada de contexto, se transforma num pretexto para ser criado uma interpretação equivocada. Neste caso, os místicos modernos têm um papel fundamental para inversão de fatos. Os místicos modernos inventam suas próprias interpretações selvagens para criar anseios na sociedade. Pois eles não estão interessados em reconstruir a cosmologia antiga dos Maias. Neste caso, é importante respeitar a tradição Maia e os fatos básicos de como funciona seu calendário. Qualquer coisa fora disso, é bom deixar para O CINEMA ( a 7º arte) e sua licença poética.


PARA SABER +

Tempo, espaço e passado na mesoamérica”. Eduardo Natalino dos Santos, editora Almeida.

“Apocalipse 2012”. E. Joseph, Lawrence, editora Pensamento.

2012: a história”. John Major Jenkins, editora Larousse.

Revista Leituras da História, Ciência & Vida – número 33

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Aventuras na Belle Époque


Admarino Júnior

O francês Luc Besson, diretor de Nikita, O profissional e O quinto elemento, adaptou para o cinema a série de quadrinhos franco-belga Les aventures extraordinaires d’Adèle Blanc-Sec (As aventuras extraordinárias de d’Adèle Blanc-Sec), do escritor e ilustrador Jacques Tardi.

O filme será lançado no Brasil no dia 24 de setembro, com o título As múmias do faraó, e conta a história da jovem repórter Adèle, que é capaz de tudo para terminar suas investigações, inclusive viajar até o Egito de navio para lidar com múmias de todos os tipos e tamanhos. Enquanto isso, na Paris de 1912, o caos e o medo imperam depois que um ovo de pterodáctilo de 136 milhões de anos eclode misteriosamente no Museu Nacional de História Natural.

Como a história original tem como cenário a capital francesa, maior expoente da Belle Époque, poucos anos antes da Primeira Guerra Mundial, as locações cinematográficas são uma verdadeira viagem na história.


*[Imagem:
A atriz francesa Louise Bourgoin interpreta a repórter Adèle Blanc-Sec]

*[Texto retirado do site: http://www2.uol.com.br/historiaviva/ escrito por
Camila Carvas que é Jornalista]

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Demétrio Magnoli


Por Admarino Júnior

MAGNOLI, Demétrio. Uma Gota de Sangue - História do Pensamento Racial. São Paulo: Editora Contexto, 2009.

Hoje faz 2 meses que o Estatuto da Igualdade Racial foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 20 de Julho de 2010, por isso, já que estamos numa democracia, resolvi colocar em debate a questão Racial no Brasil. O Estatuto da Igualdade Racial possui 65 artigos e objetiva, segundo a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, a correção de desigualdades históricas no que se refere às oportunidades e aos direitos dos descendentes de escravos do país. Os Brancos detêm as maiores oportunidades nas universidades, nos altos cargos empregatícios e em toda a esfera social. Já os Negros apresentam-se na contramão de tudo isso. Este é um dos argumentos defendido pelos intelectuais doutrinários da raça nega ou o movimento negro.

Para antropólogo Kabengele Munanga, professor da USP (Universidade de São Paulo) e um dos mais respeitados intelectuais contemporâneos no estudo das relações raciais, “o resultado obtido com a aprovação deste Estatuto, que passou por numerosas negociações, acompanhadas de modificações, é muito significativo para uma luta feita com armas tão desiguais”

Por outro lado, temos intelectuais que são contrário a elaboração de leis Raciais ou as chamadas políticas afirmativas. Dentre eles, destaca-se o Sociólogo Demétrio Magnoli, autor do Livro intituladoUma Gota de Sangue: História do Pensamento Racial”. O autor relata que certo dia sua filha lhe trouxe um questionário da escola em que constava o item raça. Mas o questionário foi preenchido com o “termo raça humana”. A partir daí, o Sociólogo escreve seu livro.

Num texto postado no blog do jornalista Luís Nassif(ver aqui), Magnoli é inserido no quadro dos intelectuais que ganharam mais visibilidade na mídia por se posicionarem contrariamente às políticas de ações afirmativas, que tiveram seu início no Brasil na primeira década do século XXI, incluindo cotas para negros, principalmente nas universidades públicas.

Branco, Negro e Raça são invenções Políticas” afirma Magnoli. O problema do debate e a armadilha é que quanto mais a gente fala estas palavras, mais elas se tornam comuns e se naturalizam na mente das pessoas como se essas coisas existissem como parte da natureza. Hoje em dia todas as pessoas mais ou menos informadas, sabem que Raça não existe na natureza, a biologia, a genética mostraram isso. Existe a raça Humana. Afirma o sociólogo.

O livro de Demétrio Magnoli integra um amplo movimento de intelectuais comprometidos com as idéias de nação, de povo e de identidade brasileira, por isto, opostos a interpretações raciais. Além de seus muitos méritos acadêmicos e literários seu texto é engajado no mais importante debate da atualidade sobre o Brasil.

Então, aqueles que se interessam por este debate que está cada vez mais constante, é uma boa “alimentação” para entrar nesta discussão polêmica e emblemática.

Boa Leitura.



quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Livros Para Celular


Por Goliardo Romyel Cecim


Uma ainda pouco conhecida fonte de conhecimento e entretenimento é a leitura de livros pela telinha dos celulares. Esse aparelho que já faz parte da nossa rotina costuma nos acompanhar por todos os lugares, servindo às vezes como passatempo na fila do banco ou outros lugares de igual "diversão" através de joguinhos e "puzzles". No entanto a grande maioria dos celulares têm uma função negligenciada por seus usuários: a leitura de e-books. Estes livros criados inicialmente para computadores podem ser convertidos para celular e tais conversões podem ser encontrados na grande rede com facilidade. A seguir disponibilizarei links onde uma grande variedade de livros já convertidos podem ser encontrados. Geralmente basta baixar o arquivo e colocá-lo no cartão de memória via USB, não sendo necessário nenhum aplicativo extra.

Eu mesmo já utilizo livros no celular há um certo tempo mas só nas últimas semanas me acostumei e peguei o ritmo da leitura ao ponto em que hoje sinto pouca diferença entre o livro impresso e o digital. No início é estranho para os nossos olhos acostumados à tinta e ao papel mas após configurar o tamanho da letra e o brilho da tela é possível ter uma leitura agradável.

Como os livros tradicionais ainda são caros para a realidade do universitário essa opção de leitura se mostra uma boa opção já que proporciona economia e praticidade.

Sugiro a todos que experimentem essa "modalidade" que aos poucos ganha espaço entre os jovens brasileiros.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Idéias...

Por Admarino Júnior.

Muitos professores têm dificuldades e encontram obstáculos na hora de preparar suas aulas, inovar suas metodologias de ensino, desenvolver questões reflexivas que sejam atraentes para os alunos. Um problema recorrente e, infelizmente, é uma realidade de muitas disciplinas.

Em contrapartida, temos o projeto EduHQ (Educação através de histórias em quadrinhos e tirinhas) que teve início em 2000, com a bolsista Luisa Daou, estudante do ensino médio do Colégio Bennett selecionada para o projeto Vocação Científica do CBPF (Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas) sob a orientação do pesquisador Francisco Caruso, do CBPF, ela começou a desenhar histórias em quadrinhos sobre conceitos relacionados à Física. O projeto deu à aluna o prêmio de melhor apresentação na III Jornada de Vocação Científica e de “Menção Honrosa” na V Jornada de Vocação Científica.

Desde então o projeto se ampliou para outras áreas do conhecimento e angariou novos alunos, sobretudo de escolas públicas do ensino médio. Os professores podem utilizá-las como ilustrações em suas metodologias ou podem utilizar como ponto de partida de uma discussão sobre uma situação descrita nos quadrinhos.

Aqueles que estiverem interessados em conhecer as tirinhas podem visitar o site do EduHQ:

http://www.cbpf.br/~eduhq/index2.html

Divirtam-se!!!