sábado, 18 de dezembro de 2010

Artigos

Ter muitos nomes é uma qualidade e uma dificuldade. Este encontro de rios e terras conquistam o século XX com o significado de Amazônia, um veio equatorial de umidade, chuvas e águas conferindo um espetáculo de verde homogêneo a distancia, porem ao nos aproximarmos percebemos os vários tons de verde até a multiplicidade do arco-íris. Índios poucos, negros bem mais, brancos também poucos, misturados muitos, muitos mais

É por essa amazônia que surgiu a idéia de publicar alguns artigos nossos no site elaborado pelo Profº Dr. Fernando Arthur de Freitas Neves da Universidade Federal do Pará-UFPA.

Ai está o site com os Artigos dos GOLIARDOS:

Conheça mais sobre a História da Amazônia.
Boa Leitura!!!

http://amazoniagraopara.ufpa.br

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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Arte


Saturno devora um de seus filhos. Francisco de Goya (1746-1828).

Pierre Victurnier Vergniaud
(1753-1793), um dos chefes dos girondinos, proferiu uma célebre frase, na Convenção francesa, a propósito do terror jacobino: “É de se temer que as revoluções, como Saturno, devorem os próprios filhos”. Vergniaud foi guilhotinado no dia 30 de outubro de 1793.

"Todas as revoluções devoram seus próprios filhos."

domingo, 21 de novembro de 2010

África de todos nós


Desde 2003, a cultura africana faz parte do currículo. Descubra com seus alunos a riqueza das ciências, das tecnologias e da história dos povos desse continente

Os diversos povos que habitavam o continente africano, muito antes da colonização feita pelos europeus, eram bambambãs em várias áreas: eles dominavam técnicas de agricultura, mineração, ourivesaria e metalurgia; usavam sistemas matemáticos elaboradíssimos para não bagunçar a contabilidade do comércio de mercadorias; e tinham conhecimentos de astronomia e de medicina que serviram de base para a ciência moderna. A biblioteca de Tumbuctu, em Mali, reunia mais de 20 mil livros, que ainda hoje deixariam encabulados muitos pesquisadores de beca que se dedicam aos estudos da cultura negra.

Infelizmente, a imagem que se tem da África e de seus descendentes não é relacionada com produção intelectual nem com tecnologia. Ela descamba para moleques famintos e famílias miseráveis, povos doentes e em guerra ou paisagens de safáris e mulheres de cangas coloridas. "Essas idéias distorcidas desqualificam a cultura negra e acentuam o preconceito, do qual 45% de nossa população é vítima", afirma Glória Moura, coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade de Brasília (UnB).

Negros são parte da nossa identidade

O pouco caso com a cultura africana se reflete na sala de aula. O segundo maior continente do planeta aparece em livros didáticos somente quando o tema é escravidão, deixando capenga a noção de diversidade de nosso povo e minimizando a importância dos afro-descendentes. Por isso, em 2003, entrou em vigor a Lei no 10.639, que tenta corrigir essa dívida, incluindo o ensino de história e cultura africanas e afro-brasileiras nas escolas. "Uma norma não muda a realidade de imediato, mas pode ser um impulso para introduzir em sala de aula um conteúdo rico em conhecimento e em valores", diz Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva, membro do Conselho Nacional da Educação e redatora do parecer que acrescentou o tema à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

A cultura africana oferece elementos relacionados a todas as áreas do conhecimento. Para Iolanda de Oliveira, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense, se a escola não inclui esses conteúdos no planejamento, cada professor pode colocar um pouco de África em seu plano de ensino: "Não podemos esperar mais para virar essa página na nossa história", enfatiza. Antes de saber como usar elementos da cultura africana em cada disciplina, vamos analisar alguns aspectos da história do continente e os motivos que levaram essas culturas a serem excluídas da sala de aula.

O ensino de História sempre privilegiou as civilizações que viveram em torno do Mar Mediterrâneo. O Egito estava entre elas, mas raramente é relacionado à África, tanto
que, junto com outros países do norte do continente, pertence à chamada África Branca, termo que despreza os povos negros que ali viveram antes das invasões dos persas,
gregos e romanos.

A pequisadora Cileine de Lourenço, professora da Bryant University, de Rhoad Island, nos Estados Unidos, atribui ao pensamento dos colonizadores boa parte da origem do preconceito: "Eles precisavam justificar o tráfico das pessoas e a escravidão nas colônias e para isso ‘animalizaram’ os negros". Ela conta que, no século 16, alguns zoológicos europeus exibiam negros e indígenas em jaulas, colocando na mesma baia indivíduos de grupos inimigos, para que brigassem diante do público. Além disso, a Igreja na época considerava civilizado somente quem era cristão.

Uma das balelas sobre a escravidão é a idéia de que o processo teria sido fácil pela condição de escravos em que muitos africanos viviam em seus reinos. Essa é uma invenção que não passa de bode expiatório: a servidão lá acontecia após conquistas internas ou por dívidas – como em outras civilizações. Mas as pessoas não eram
afastadas de sua terra ou da família nem perdiam a identidade.

Muitas vezes os escravos passavam a fazer parte da família do senhor ou retomavam a liberdade quando a obrigação era quitada com trabalho. Outra mentira é que seriam povos acomodados: os negros escravizados que para cá vieram revoltaram-se contra a chibata, não aceitavam as regras do trabalho nas plantações, fugiam e organizavam quilombos.

A exploração atrapalhou o desenvolvimento

A dominação dos negros pelos europeus se deu basicamente porque a pólvora não era conhecida por aquelas bandas – e porque os africanos recebiam bem os estrangeiros,
tanto que eles nem precisavam armar tocaias: as famílias africanas costumavam ter em casa um quarto para receber os viajantes e com isso muitas vezes davam abrigo ao
inimigo. Durante mais de 300 anos foram acaçambados cerca de 100 milhões de mulheres e homens jovens, retirando do continente boa parte da força de trabalho e rompendo com séculos de cultura e de civilização.

Nesta reportagem, deixamos de lado de propósito a capoeira, embalada pelo berimbau; a culinária, enriquecida com o vatapá, o caruru e outros quitutes; as influências musicais do batuque e a ginga do samba e dos instrumentos como cuícas, atabaques e agogôs. Preferimos mostrar conteúdos ligados às ciências sociais e naturais, à Matemática, à Língua Portuguesa e Estrangeira e a Artes, menos comuns em sala de aula, para você rechear a mochila de conhecimentos dos alunos sobre a África.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/


Lendas e heróis africanos

Palavras de origem africana, literatura e contação de histórias com familiares afro-descendentes

Para mostrar a influência dos falares africanos no Brasil, você pode usar as palavras de origem banta destacadas nesta reportagem, apenas um tiquinho em centenas já incorporadas ao nosso vocabulário.

Yeda Pessoa de Castro, professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia, sugere ainda que você leve para sala de aula lendas africanas e histórias que tratem de diversidade.

A professora Zuleica Maria Bispo, da Escola Municipal de Educação Básica Antonio Stella Moruzzi, em São Carlos (SP), usa livros como Menina Bonita do Laço de Fita, de Ana Maria Machado, O Pássaro-da-Chuva, de Kersti Chaplet, e o gibi Zumbi dos Palmares (editado pela secretaria de Educação da cidade) para atividades de leitura e escrita.

Familiares dos alunos afro-descendentes podem ser convidados para contar histórias de sua vida, informações que serão transformadas em texto.


Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/

terça-feira, 9 de novembro de 2010

A Inquisição na Amazônia


Iniciativa do Centro de Memória da Amazônia democratiza o acesso às fontes documentais inquisitoriais

As novas gerações de historiadores têm reconhecido a importância da internet como uma ferramenta de pesquisa revolucionária. Uma iniciativa liderada pelo Centro de Memória da Amazônia, da Universidade Federal do Pará, revela como é possível explorar de forma inteligente os acervos documentais on-line.

Atualmente, mais do que se preocupar em acrescentar conteúdo, o desafio levantado pela internet consiste em organizar as fontes documentais já disponíveis. A partir dessa perspectiva, uma equipe de pesquisa do Pará, liderada pelo Prof. Antonio Otaviano Vieira Junior, concebeu um projeto exemplar.

Trata-se da disponibilização on-line dos processos inquisitoriais dos séculos XVII e XVIII, referentes ao Maranhão e Grão-Pará. Há alguns anos, tal iniciativa seria dificultada em razão dos elevados custos nela envolvidos e pela necessidade de complexas negociações junto à instituição que tem a custódia da documentação.

No projeto em questão, esses problemas foram superados em razão da própria Torre do Tombo começar a facultar o acesso, em seu portal, aos processos inquisitoriais lusobrasileiros. Nesse site, porém, a ausência de instrumentos de pesquisas – como, por exemplo, inventários analíticos - dificulta que o usuário descubra a potencialidade da documentação em questão.

A equipe do Pará superou essa dificuldade, fornecendo informações detalhadas a respeito de cada um dos processos inquisitoriais referentes à região amazônica. A parceria com a Torre do Tombo permitiu não só uma melhor identificação dos acusados, como também, através de link, a disponibilização dos processos na íntegra.

Ao todo foram identificados 114 processos inquisitoriais, sendo que mais da metade está disponível à leitura. Esse é o caso, por exemplo, da denúncia contra o índio Alexandre, residente na Aldeia de Aricara, nas margens do Rio Amazonas, que, em 1756, foi acusado de bigamia.

O site do Centro de Memória da Amazônia também dá acesso à bibliografia especializada e ao texto original do projeto, submetido à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará. Tomara que grupos de pesquisa de outros estados reproduzam essa iniciativa, democratizando ainda mais o acesso a uma das principais fontes documentais para se conhecer a sociedade brasileira colonial.


Por Renato Venâncio (Profº da universidade Federal de Minas Gerais)

Fonte: http://www.revistadehistoria.com.br/v2/home/


quarta-feira, 27 de outubro de 2010

20 qualidades do professor ideal

Ao listar características de bons professores, o Referencial para o Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente reconhece que nem todos podem ser avaliados por provas

O docente ideal:

1. Domina os conteúdos curriculares das disciplinas.

2. Tem consciência das características de desenvolvimento dos alunos.

3. Conhece as didáticas das disciplinas.

4. Domina as diretrizes curriculares das disciplinas.

5. Organiza os objetivos e conteúdos de maneira coerente com o currículo, o desenvolvimento dos estudantes e seu nível de aprendizagem.

6. Seleciona recursos de aprendizagem de acordo com os objetivos de aprendizagem e as características de seus alunos.

7. Escolhe estratégias de avaliação coerentes com os objetivos de aprendizagem.

8. Estabelece um clima favorável para a aprendizagem.

9. Manifesta altas expectativas em relação às possibilidades de aprendizagem de todos.

10. Institui e mantém normas de convivência em sala.

11. Demonstra e promove atitudes e comportamentos positivos.

12. Comunica-se efetivamente com os pais de alunos.

13. Aplica estratégias de ensino desafiantes.

14. Utiliza métodos e procedimentos que promovem o desenvolvimento do pensamento autônomo.

15. Otimiza o tempo disponível para o ensino.

16. Avalia e monitora a compreensão dos conteúdos.

17. Busca aprimorar seu trabalho constantemente com base na reflexão sistemática, na autoavaliação e no estudo.

18. Trabalha em equipe.

19. Possui informação atualizada sobre as responsabilidades de sua profissão.

20. Conhece o sistema educacional e as políticas vigentes.

Fonte: Adaptado de Referenciais para o Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente - Documento para Consulta Pública, MEC/Inep.

Retirado do Site: http://revistaescola.abril.com.br/

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Os jovens e a tecnologia

Para os jovens, o mundo virtual é um espaço de expressão e descoberta. Mas é preciso orientá-los a reconhecer e a evitar os riscos da internet.

A importância de assinalar o limite entre público e privado



A possibilidade de se verem como sujeitos que têm uma história própria, capazes de fazer algo sozinhos e de experimentar no mundo virtual coisas em que temem fracassar na realidade concreta, explica a necessidade de estarem conectados o tempo todo. Querer conquistar privacidade em relação aos pais é uma das marcas da adolescência. "Os jovens começam a esconder alguns assuntos da família e a lutar pelo direito de ter segredos. Eles precisam ter e fazer coisas em espaços fora do núcleo familiar para serem vistos como sujeito com vontade própria", ressalta Vanessa Vicentin, especialista em Psicologia escolar e do desenvolvimento humano pela Universidade de São Paulo (USP). A internet passa a ser o palco dessa busca pela individualidade, mas acaba gerando uma situação paradoxal: se por um lado é um lugar longe dos olhos dos pais, por outro torna-se a tela em que a exposição atinge graus extremos: adolescentes postam dados pessoais importantes, narram o dia a dia para todos, falam sobre coisas privadas com quem não conhecem e publicam fotos e vídeos, muitas vezes comprometedores - como ocorreu com o casal gaúcho citado no início do texto.

"Só quando as coisas dão errado é que eles percebem que exageraram na exposição", afirma Vanessa. Em muitos casos, os pais também têm uma parcela de culpa. Segundo as pesquisas, os jovens que mais se expõem na rede são filhos de pessoas que não respeitam a privacidade deles no mundo real - leem os diários, checam as ligações e mensagens dos celulares e não constroem uma relação de confiança e de respeito.

Ajudar a construir a noção de privacidade é a melhor contribuição dos adultos. Uma possibilidade é dialogar sobre o comportamento de cada jovem no mundo virtual: como ele está lidando com os amigos da web? O que ele conta ou não? Que fotos e vídeos tem postado nos sites de relacionamento social? Agindo assim, pais e professores intervêm sem invadir o espaço da garotada. O ponto central é mostrar a existência de coisas que podem ser divididas com todos e outras que são particulares. "Com boas orientações e atenção emocional, o adolescente aprende a reconhecer a privacidade e terá no mundo virtual um comportamento tão ou mais saudável do que no real", completa Vanessa.

Texto retirado do Site: http://revistaescola.abril.com.br/

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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Rejeitados, jamais

O abandono de crianças na Colônia era visto como uma alternativa mais aceitável do que o aborto ou o infanticídio

A Bíblia conta a vida de Moisés, abandonado pelos pais e criado pela filha de um faraó; a cidade de Roma teria sido fundada por Rômulo e Remo, duas crianças desamparadas alimentadas pelo leite de uma loba e recolhidas por um casal de pastores. Essas biografias podem parecer lendas, mas estão ligadas a práticas que já foram bastante comuns. Muitas vezes acreditou-se que o abandono dos filhos pelos próprios pais fosse legítimo, assim como deixá-los à mercê de pessoas dispostas a criá-los. Fossem pobres ou ricos, brancos ou mestiços, filhos de mães solteiras ou de relações espúrias, muitos eram largados no mundo da mesma forma.


O acolhimento de crianças enjeitadas começou no Ocidente medieval, em estabelecimentos que utilizavam uma “roda” – uma espécie de portinhola giratória onde o bebê era deixado, para ficar sob os cuidados de uma instituição de caridade, sem que sua procedência pudesse ser identificada pelos internos –, ajudando a manter o anonimato da mãe e as chances de sobrevivência do bebê. Esse modelo de acolhimento de recém-nascidos ganhou inúmeros adeptos por toda a Europa, principalmente a católica, a partir do século XVI.

A roda também foi muito usada em Portugal, e com o surgimento das irmandades da Misericórdia a partir de 1498, uma rede de auxílio, que era controlada pelas Santas Casas e financiada pelas Câmaras municipais, se espalhou pelo território continental. Essencialmente laicas, essas irmandades eram dirigidas pelas principais famílias locais, que se uniam para tentar aliviar o sofrimento dos mais pobres. Elas acolhiam, batizavam, registravam e encaminhavam as crianças para as amas de leite contratadas. Também as vestiam, e as enterravam num campo santo, caso viessem a falecer.


Por
Renato Franco


terça-feira, 19 de outubro de 2010

manuscritos do mar Morto


O departamento israelense de Antiguidades e o gigante americano da internet Google anunciaram nesta terça-feira o lançamento de um projeto para divulgar, na internet, os manuscritos do mar Morto, que contêm alguns dos mais antigos textos bíblicos.

"É a descoberta mais importante do século 20 e vamos compartilhá-la com a tecnologia mais avançada do século 21", afirmou a responsável pelo projeto do departamento israelense de Antiguidades, Pnina Shor, em uma coletiva de imprensa em Jerusalém.

A administração israelense captará imagens em alta definição utilizando uma tecnologia multiespectral desenvolvida pela Nasa, a agência espacial americana. As imagens serão, posteriormente, publicadas na internet pelo Google em uma base de dados e traduções dos textos colocadas à disposição.

"Todos os que possuem uma conexão à internet poderão acessar algumas das obras mais importantes da humanidade", disse o diretor do centro de pesquisa e desenvolvimento do Google em Israel, Yossi Mattias.

Shor afirmou que as primeiras imagens estarão disponíveis nos próximos meses e o projeto terminará em cinco anos.

Acredita-se que os 900 manuscritos encontrados entre 1947 e 1956 nas grutas de Qumran, no Mar Morto, constituem uma das descobertas arqueológicas mais importantes de todos os tempos. No material encontrado, há pergaminhos e papiros com textos religiosos em hebraico, aramaico e grego, assim como o Antigo Testamento mais velho que se conhece.


Fonte: http://www.folha.uol.com.br/

Racismo

Por Admarino Júnior

No último domingo (17 de outubro de 2010) em uma partida pelo campeonato italiano, o camaronês Samuel Eto’o da Internazionale de Milão foi alvo de cânticos e insultos racistas pelos torcedores do time adversário, o Cagliari. O árbitro paralisou a partida por três minutos e disse que a bola só voltaria a rolar quando os torcedores do Cagliari parassem com os insultos.

A Liga Italiana de Futebol anunciou nesta terça-feira (19 de outubro) que o Cagliari foi punido com uma multa de € 25 mil (R$ 59 mil) por atos racistas.

O racismo é um fenômeno mundial que deve ser combatido de forma global. No Brasil temos inúmeras situações de racismo que em muitos casos é velado. Com isso, nós, professores e educadores temos que estar atentos e preparados para saber discutir essas questões em sala de aula. Levar essa discussão para a escola é condição Sine qua non para combatermos essa violência de inferiorizar o outro pela “raça”.

Para entender mais sobre a questão do Racismo no Brasil, eu indico a leitura do livro intitulado “O espetáculo das Raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil – 1870 – 1930” de Lilia Moritz Schwarcz. Um excelente livro e um bom caminho para se aprofundar na temática.

**Referência

SCHWARCZ, Lilia Moritz. O espetáculo das Raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil – 1870 – 1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

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sábado, 16 de outubro de 2010

Este blog faz a minha cabeça

Gostaríamos de agradecer a Rosielly Cecim [http://rocecim.blogspot.com/] pelo seu singelo carinho de nos presentiar com este belo selo. Nós, dos Goliardos agradeçemos de coração.

Um Grande Abraço!!!


OBRIGADO!!!!!!!!!!!!

\O/

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Dia do Professor ²


15 de Outubro, dia do professor.

Os GOLIARDOS, desejam um grande abraço a todos os professores e professoras, educadores e educadoras deste País. E, como diria um grande revolucionário da década de 60:

" HASTA LA VICTÓRIA, SIEMPRE"



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Dia do Professor

Hoje é dia do professor. Um dia escolhido no calendário para homenagear esta profissão. Porém, para nós, Goliardos, todos os dias são do professor. Não quero me deter aqui para “falar” das dificuldades que a profissão enfrente, das precariedades das escolas publicas, dos baixos salários e da descriminação da profissão. Isso todos já sabem, apesar de que é extremamente importante discutir isso também.

Pelo contrário, quero discorrer sobre a magia, o prazer, o amor e o encantamento de ser professor. Para expressar isso, colocarei uma cena impactante do filme “sociedade dos poetas mortos” que vale mais do que mil palavras para expressar todos os sentimentos de ser professor.




O filme é excelente! Quem nunca viu, veja.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

O imaginário Cotidiano

Por Admarino Júnior

Eu estava lendo o livro intitulado “O imaginário cotidiano” de Moacyr Scliar, que narra histórias fictícias do cotidiano brasileiro. Num simples estalo, resolvi colocar uma pequena história aqui no blog para descontrair um pouco.

**Sonho de Lesma

Ela nasceu lesma, vivia no meio de lesmas, mas não estava satisfeita com sua condição. Não passamos de criaturas desprezadas, queixava-se. Só somos conhecidas por nossa lentidão. O rastro que deixamos a história será tão desprezível quanto a gosma que nunca marca a nossa passagem pelos pavimentos.

A esta frustração correspondia um sonho: a lesma queria ser como aquele parente distante, o escargot. O simples nome já deixava fascinada: um termo francês, elegante, sofisticado, um termo que as pessoas pronunciavam com respeito e até com admiração. Mas lembravam as outras lesmas, os escargots são comidos, enquanto nós, pelo menos temos a chance de sobreviver. Este argumento não convencia a insatisfeita lesma...

Assim pensando, resolveu sacrificar sua vida por seu ideal. Para isso, traçou um plano: tinha de dar um jeito de acabar numa cozinha refinada. O que não seria tão difícil. Perto dalí havia uma horta onde eram cultivadas alfaces destinadas a Gourmets. Uma dessas alfaces, raciocinou a lesma, me levará ao destino que almejo.

Foi até a horta, e ocultou-se no vegetal. Que, de fato, foi acolhido naquele mesmo dia e levado para ser consumido.

Infelizmente, porém, a alface não fazia parte de um prato francês, mas sim de um popular e globalizado lanche. Quando a consumidora foi comer, constatou horrorizada, a presença da lesma. Chamando, o gerente a princípio negou a evidência: disse que aquilo era um vestígio de óleo queimado. O que deixou a lesma indignada: eu não sou óleo queimado, bradava, eu sou uma criatura, e uma criatura com um sonho, respeitem meu sonho ou será que, para vocês, nada mais é sagrado, só o direito do consumidor?

Ninguém a ouviu, claro. Foi ignominiosamente jogada no lixo, junto com suas ilusões de grandeza. E assim descobriu que, quem nasceu para lesma nunca chega a escargot, mesmo viajando de carona em certas alfaces, principalmente viajando de carona em certas alfaces.

Aí, eu pergunto para encerrar: quantas lesmas nós já vimos serem jogadas no lixo por insistirem em um sonho???

**Referência

SCLIAR, Moacyr. O imaginário cotidiano (crônicas brasileiras). 4º edição - São Paulo: Gaia, 2006.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Pássaro dos Sonhos




" Eu adoraria pintar como o pássaro canta."

[Monet]



Pássaro de cauda colorida,
Pronto a voar nessa vida,
Pássaro de voltas e de idas,
De abraços e partidas,
É só despedida,
É um pássaro de sonhos.

(Celso Mathias)


http://artedecelsomathias.blogspot.com/

12 de Outubro

No Brasil, o Dia das Crianças foi criado por um político: o deputado federal Galdino do Valle Filho, na década de 1920. Em 1924, o então presidente da República, Arthur Bernardes, teria institucionalizado a data através do Decreto número 4.867, de 5 de novembro de 1924. Naquela época, apesar da criação da data, o mercado brasileiro não era tão dinâmico e o Dia das Crianças não era comemorado como nos dias de hoje, nos quais as famílias se veem na obrigação de dar presentes aos menores.

Foi na década de 1960 que a coisa mudou. Naquela época, observando que a data poderia ser utilizada comercialmente e render bons lucros, a fábrica de brinquedos Estrela e a indústria Johnson & Johnson se uniram para lançar a “Semana do Bebê Robusto”. Como o próprio nome dizia, durante essa semana se exaltava a saúde das crianças e sua aparência física, que poderia ser melhorada, é claro, com os produtos da Johnson & Johnson e com o acalento dos brinquedos da Estrela. A partir dessa campanha, outras empresas aderiram à data para aumentar suas vendas e, atualmente, o Dia das Crianças responde por uma considerável fatia das vendas das lojas, só perdendo para o Natal e para o Dia das Mães. O setor de brinquedos e vestuário espera ansiosamente por essa data, pois sabe de sua importância para as crianças de todo o país.


Em alguns países, o Dia das Crianças é comemorado em outras datas. Em Portugal e nos países de língua portuguesa, como Moçambique e Angola, por exemplo, o Dia das Crianças é comemorado em 1.º de junho. Na Índia, o dia 15 de novembro foi escolhido como data comemorativa das crianças. No Japão e na China, escolheu-se o 5 de maio.

Outros países comemoram o Dia das Crianças em 20 de novembro. Nessa data, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou a Declaração dos Direitos das Crianças em 1959. Dentre outras prerrogativas, essa declaração preconiza que as crianças devem ter cuidados especiais antes e depois do nascimento, acesso a uma educação de qualidade, cuidados dos pais e do Estado, entre outras medidas.

Por Elaine Maringá

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Por que os jovens estão tão violentos?

Mergulhar nas causas do fenômeno é um bom começo para ir além do choque. De início, é preciso lembrar que a agressividade tende a andar com a juventude, uma fase de descoberta também dos impulsos violentos. Na puberdade, o contato físico é uma maneira inconsciente de explorar a pele do outro. Essa atividade envolve uma experimentação que pode ganhar formas mais ríspidas, sem necessariamente indicar descontrole ou intenção de humilhar.

Mudanças fisiológicas também explicam parte da agressividade. Na passagem para a adolescência, o centro de recompensa, área cerebral relacionada à produção de serotonina (neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar), é reduzido à metade. Como os níveis da substância caem, o adolescente tem mais dificuldade em ficar satisfeito - daí vem a irritabilidade que marca o período. Inclinado à impaciência, ele pode se alterar com qualquer contrariedade.

O ambiente social também influi. A começar pelas características de gênero (que se referem aos papéis culturais que a sociedade atribui a homens e mulheres). Um exemplo: a partir do momento em que um garoto desafia o outro numa briga, a recusa é vista como uma falta de virilidade, já que a dominação e o perigo são tidos como características masculinas. Isso ajuda a entender porque 90% das agressões em ambiente escolar são cometidas por meninos.


**Texto retirado da Revista Nova Escola, escrito por Camila Monroe.

Para saber +


http://revistaescola.abril.com.br/

Ter atitude e postura profissional

"Meu primeiro trabalho na rede pública foi com turmas de 6º, 7º e 9º anos e, no início, me senti desanimado. Os alunos eram indisciplinados, não tratavam bem uns aos outros e discutiam bastante. O contexto social em que viviam era difícil e cheguei a questionar se seria mesmo possível ensinar diante dessas circunstâncias. Mas, em vez de desistir, resolvi investigar melhor o porquê da indisciplina - e isso fez toda a diferença no meu trabalho. Percebi que, ao não se sentirem ouvidos, os jovens perdiam o interesse pelas aulas. Era necessário valorizar o que eles sabiam e, sobretudo, respeitar seu cotidiano. Fiz isso, por exemplo, quando discuti a situação dos negros hoje, traçando um paralelo com as questões históricas da escravidão. Ouvi o que pensavam sobre isso: muitos citaram o preconceito como um grande problema vivido por eles. Assim, a aprendizagem do conteúdo começou a fazer sentido e eles passaram a ficar mais atentos às aulas. Ainda assim, se surgia alguma briga, eu deixava claro que, como qualquer outro lugar, a sala de aula também tem normas de convivência. Em vez de impor regras, coloquei o tema em discussão e os atritos diminuíram. O que me fez mudar a postura foi a crença de que todos, independentemente de seu histórico e comportamento, têm a capacidade e o direito de aprender e, por isso, devemos sempre esperar o melhor de cada um. Todo docente deve analisar cada caso, olhar para as dificuldades de convivência, pensar em estratégias para sanar os problemas e criar o melhor ambiente para a aprendizagem. Envolver os pais nesse processo ajuda. Deixo claro para eles que é essencial mostrar aos filhos como se importam com a vida escolar deles. O que ocorre na sala de aula é reflexo da Educação como um todo. Para discutir com colegas sobre como as políticas públicas se afastam ou se aproximam do que o docente precisa, me tornei monitor no Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Essa reflexão deveria se estender a todos nós, professores, os principais interessados, juntamente com os alunos, na melhoria da qualidade do ensino."

Leandro Pereira Matos, 26 anos, professor de História na EM União da Betânia, em Juiz de Fora, a 276 quilômetros de Belo Horizonte


** http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/seis-caracteristicas-professor-seculo-21-602329.shtml?page=5